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domingo, 1 de agosto de 2010

uma crônica sobre corte de cabelo

Sabe quando você tem por volta de seis anos e a sua mãe te leva no cabelereiro?
E tipo, seu cabelo tá suuuuper comprido, mesmo, parecendo que você não corta há tempos?
(As vezes é verdade... Não conheço muita criança que goste de cortar o cabelo. Eu lembro até quando surgiram com aquela cadeira carrinho, achando que ia fazer sucesso e dar um jeito de impedir que seu filho se mova tanto que acabem enfiando a tesoura na orelha dele. Mera ilusão. O mesmo carrinho agora está desbotado e jogado num canto*)
Então o cara senta você na cadeirinha, você fica se encarando naquele espelho enorme e quando vê, estão cobrando 20 reais da sua mãe e você é uma pessoa indignadérrima por que você poderia ter o mesmo resultado ao colocar uma cuia na cabeça e ir cortando conforme o formato dela, e não teria custado nada.
Apesar de às vezes, bem às vezes, a massagem na hora de lavar vale o acontecimento...
Mas enfim, voltando a cuia:
No meu caso foram cobrados 70 reais por uma porralouquice que eu mesma teria feito de olhos fechados.
Eu sei, eu sei, mulheres quase nunca estão satisfeitas com seus cortes de cabelo - excessão: a outra pessoa que estava tendo o cabelo cortado no salão.. Juro, até eu tinha ficado feliz com aquele corte!! Ficou muito bom... Pena que sorte na tesoura é pra poucas viu.
Eu comecei a falar o que queria do meu cabelo com uns 12 anos (é.. nem me fale. Andar de bicicleta foi no mesmo esquema; tudo coisa tardia, tudo!! - Mas dava muita preguiça de escovar meu cabelo /apesar do "jeitinho" da minha mãe ser um grande estímulo pra tirar a escova das mãos dela), sempre via na tv aquelas negras com o cabelo com uns cachos grossos, cabelo comprido, maravilhosas! Eu babava feeeio nelas.
Então descobri que a não ser que eu fizesse umas boas horas no salão, aquele mundo não me pertenceria.
Foi frustrante. Primeiro que os gastos seriam desnecessários; segundo que a chance das químicas e viadagens relacionadas darem errado e queimar, estragar ou chapar meu cabelo era grande.
Então fiquei só nos relaxamentozinhos. Que também deixavam o cabelo meio desproporcional (sempre ficava uma parte do fio visivelmente menos enrolada que as outras.. e quando a raiz crescia... UI)
Mas logo parei, me deu uma louca de "quero meu cabelo natural e mimimimimimimi", então ficava só a procura dos cortes perfeitos...
A única vez que deu tudo certo foi abril de 2008 (é, eu decorei a data. Se você quiser saber o dia, foi no dia 9! - to falando, marcou minha vida.). Foi um corte redondo, que só modelou o formato do cabelo, ficou redondinho (um ponto positivo para cabelo crespo, afinal o pirâmide é quase inevitável), e comprido! Minha franja ia pra baixo do queixo, seca! Foram os 5 meses mais felizes da minha vida!
5 meses porque (acredite, naquela época eu conseguia ficar bem mais tempo ser cortar o cabelo), depois desse acontecimento milagroso, eu resolvi acreditar que tudo daria certo de novo e fui no mesmo cara, esperando que ele só remodelasse.
É, não foi o que aconteceu... Ele deu um tratinho meio mal-feito e o cabelo virou uma juba.
Mas tudo bem; eu ainda fervorosa de que aquele homem era o meu Garnier-Frutis da vida, voltei mais meses depois, pedindo aquele corte, levando fotos...
E no fim eu descobri que aquele lindo dia em 2008 o que tinha acontecido era um baixamento de santo, por que a realidade era que aquele corte nunca ia se repetir e eu teria que viver com isso e com agora minha cabeça em formato de nuvenzinha miada e franja poodle (É REALMENTE UMA IDIOTICE A PESSOA MEDIR UM COMPRIMENTO COM O CABELO CRESPO MOLHADO E DEPOIS ESPERAD QUE ENCURTE SÓ UM POUQUINHO. SÓ UM POUQUINHO MEU C*. SE EU QUISESSE VIRAR UM ALGODÃO DOCE POBRE E EM CAMADAS PIRAMIDAIS EU TERIA SIDO BEM CLARA SOBRE ISSO)
Enfim, finalmente veio a birra e o meu choque com a realidade. Mudei o cabelereiro e era bem feroz com a porbe moça, enfatizando que queria só que tirasse as pontas (o formato eu aprendi a arrumar, com grampo e flor de cabelo - casqueragem, mas fez sucesso). Ai comecei a cortar com no máximo 3 meses de intervalo - descobri o horror das pontas duplas- sempre nesse esquema. Tava estramo, mas tava dando certo pelo menos.
Por fim veio sábado. Inventamos de esperimentar um salão chique e pronto, ocorreu.
Ele veio com um papo todo "vamos cortar ele seco, porque cabelo enrolado não pode ser medido molhado"
eu fiquei iludida, acabei não mostrando as fotos do corte de 2008 pra ele ("não precisa, você vai me explicando") e no fim sorri, mas a cada tesourada que ele dava no meu cabelo, eu desejava que aquele objeto pontiagudo estivesse era cortando partes dele.
Conclusão: Eu tenho que começar a gritar com cabelereiros...pular da cadeira ameaçando ele de morte se cortar mais um dedo, ao invés de só ficar tensa e deviar o olhar de onde ele esta cortando..
Caramba, eu sou tão pedreira com tanta coisa e com aquele afetado (nada contra afetados, juro, tenho provas)o que acontece??

To brava meu, to brava.
Brava e careca!

Agora com licença, daqui 8 horas começa o meu 2º semestre de faculdade e aparentemente não me colocaram na turma que eu queria.. E a data pra retificação era até sexta...
E meu pai me deu um canivete :]] e tipo, era dele!! /como eu amo ele~



*tais conclusões vem das minhas experiências de vida; afinal você pode muito bem conhecer um salão onde até as cadeiras pra adultos são carrinhos


há três dias eu to tentando fazer essa postagem. Se estiver desconexo não me culpem!
E tudo isso sendo que eu nem inclui na história minha tia cabelereira que tentou me convencer a alisar o cabelo anos seguidos... e fez parte dos relaxamentos falhos..
Ela teve um filho(?), nasceu de cabelo liso o abençoado... outro dia falo dela.

1 ∙ √⅝ pessoas resolveram falar:

ElisaC disse...

hauhahuaauhuahuahuahhau MANU quase chorei aki... de rir... o-o
E posso te falar ke esse drama, apesar de talvez ser maior com vc, não acontece só com vc...
Meu cabelo só fica bom meses depois quando ele cresce da sua propria maneira e deixa pra tras o corte ke ele levo!!
HUHUAHUHAUHAUHAUHA

O bom do meu cabelo é ke eu corto 1 vez por ano... +/-

E fato, as flores e grampos são um charme...