BLOGGER TEMPLATES AND TWITTER BACKGROUNDS

quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

então eu fechei o portão

e ele entrou no carro.
a gente disse "tchau" e tudo, eu pedi pra ele me levar embora, de volta pra casa (sabe quando da aquele aperto horrivel no coração e você nem pensa no que fala, não pensa no futuro, nada. aliás, até pensa, mas ele te apavora tanto que você quer desesperadamente o passado). Meu pai só sorriu e depois de mais uma enroladinha foi embora.

Ai eu me fiz apresentável e voltei pra dentro da república.
uma república muito boa alias. Cerca de 9 veteranas e 2 calouras, contando comigo. Uma casa de três quartos, dois banheiros (um de suíte e outro normal) e uma sala grande, onde coubessem os colchões onde a gente dormiria até 13 de maio.

Depois de entrar na casa e quase lavar a louça (a veterana ficou desesperada por que eu tinha acreditado...) foram algumas horas sem muita coisa interessante.

A mãe e a irmã da outra menina foram embora um pouco depois. Ela chorou um pouquinho também, mas foi na sala mesmo..

A noite tinha festa, e disso eu já sabia desde o dia da matricula.
Do que eu não sabia era dos costumes.

Depois de nos ensinar como cumprimentar um "doutor" (todo um diálogo onde o bixo fica de joelho, se xinga e fala bem do veterano - eu não preciso fazer isso com elas, só com os outros), fomos todas escolher fantasias..

Até ai tudo bem.

mas como em um vendaval, de repente (horas depois, até alguma escolher o que eu ia usar) eu me vi com um vestido laranja, totalmente desconfortável, mas com que cara eu ia falar "não quero", principalmente por que na boa vontade, as fantasias servem pra evitar sujar as próprias roupas.. e pra ficar engraçada também...Ai veio uma boa vontade (tá, mentira, foi só uma conformação) sei lá de onde, procurei mais entre as fantasias, achei uma saia verde e soltei um "tudo bem, eu vou de cenoura". Já foi suficiente

Pela primeira vez na vida eu fui a um "esquenta". A outra república, a masculina, tinha integrantes amigáveis (não daqueles que sentam pra conversar e querem saber da sua vida.. mas convenhamos, não existe muita gente assim no mundo real. principalmente pra uma adolescente mimada de quase 18 anos. nem os culpo). Bixa tinha que servir cerveja, mas eles nem ligavam muito pra quem faria isso, tudo tranquilo).

Então fomos de novo pro carro. Eu super preocupada por que tinha todas as aulas da segunda (finalmente consegui ver o meu horário, no domingo, do notebook de uma das meninas), mas todas elas falavam que ia ser ótimo, que iam voltar cedo, que eu tinha que aproveitar.
Então eu fui sentei no banco de trás e fui levando o copo de sprite com vodka da motorista.


Eu odeio ser o tipo de pessoa que cansa das coisas. Mas eu sou assim. Chatinha.
depois de um tempo cansava dos "doutores" te corrigindo e esperando você fazer os cumprimentos e da outra menina também, lembrei que era meia-noite e a ultima vez que eu tinha comido tinha sido no almoço, e que eu tava com dor de garganta desde a semana passada.

Sabe criança quando ganha um bicho de estimação e fica meio perdida e totalmente empolgada com ele e acaba esquecendo de soltar do abraço pra ele respirar?
"Vai bixa! Se apresenta pra eles ali! Ó esse é nosso amigo, vai lá se apresentar! Gente essa é a minha bixa!"
mas ela tava tão feliz que chegava até a ser divertido se apresentar, só pra chamar minha veterana do segundo ano de doutora, para os colegas dela e ver as reações.

Mas então, enquanto me apresentava para um doutor cujo prazer era inteiramente meu de conhecer (sempre era) explodiu. Explodiu tudo. E assim que eu terminei de me apresentar corri da minha amiga (a veterana.. ela era meio daquele jeito, mas eu gostei dela), para procurar as outras meninas, perguntar de alguma carona (eu já tinha feito isso, mas não houve resultados) que poderia surgir ocasionalmente (por que a festa era numa chácara), falar que eu tava mal (na realidade elas tinham notado, pois desde que a gente tinha saido da rep. feminina, eu tinha parado de falar muito, então todas sempre perguntavam o que tinha de errado) mas não consegui fazer muito mais do que sinais quando as encontrei, e quando uma delas fez mais cara de preocupada do que de ponto de interrogação, eu desabei. Foi só encostar a cabeça no ombro dela pra começar a soluçar alto e molhar toda a capa da fantasia.

Eu fui levada prum lugar escondidinho, atrás da pista de dança, pra ficar fora da vista alheia. Ela me consolou e tentou me ajudar, mas eu só negava e falava que eu não sabia o que tava acontecendo. Mas é sério, eu não fazia ideia.

A uma hora seguinte foi gasta segurando o choro, fugindo de doutores/as (é, as minhas) e esperando uma carona.

Terminei num carro desconhecido com outra da república, com mais 5, se escondendo da policia (todas estavam em colo) - que apareceu bem na nossa frente, mas não reparou, pra salvação do carro do pai da menina- chegando em casa quase duas horas, correndo pra tomar um banho e chorar no chuveiro, pra depois por o colchão no chão e colocar a roupa de cama, indo dormir entupida e soluçando




E isso tinha sido só o primeiro dia. E as aulas nem tinham começado ainda.





é, eu sei, foi bem chato. mas eu precisava extravasar de alguma maneira, e como eu só volto pra casa no fds, e isso era domingo...

3 ∙ √⅝ pessoas resolveram falar:

ElisaC disse...

Bom.... eu acho que você ter medo de se mudar é normal o-o Afinal ficou tb mundo pensando em passar ke esqueceu de pensar como seria depois de passar!!!
E ate vc se acostumar, fazer amizades de verdade e pegar o ritmo vai ser bem cansativo!
Mais tenho certeza que vc vai conseguir!!! :D


de resto, eu to sempre olhando meu e-mail ;D caso precise desabafar em particular

Maay_' disse...

Em que república você tá?! /megacuriosa

Mari Ana disse...

Maria, finge que reparou que eu não to legal e deixa pra depois o negócio dos contatos que os seus irmãos tem.


/é, faculdade me fez grossa. desculpa.